Caio Miranda: Não ao Minhocão

É incontestável a importância de áreas verdes e espaços públicos para o lazer da população nas grandes cidades. Entretanto, políticas de transformação urbana e um plano viário de mobilidade devem ser pensados com responsabilidade e tendo como preocupação central a segurança da população. Não é possível falar em criação do Parque do Minhocão, como foi anunciado pela prefeitura da cidade de São Paulo, sem refletir sobre os impactos sociais, econômicos, além dos urbanísticos e ambientais.

Elevado Presidente João Goulart, o “Minhocão”, em inegável estado de degradação. Foto: Neo Gomes.

Como falar da construção de um novo Parque se o poder público não tem recursos para a manutenção dos mais de 100 parques existentes na cidade de São Paulo. É necessário um planejamento adequado, debate com a sociedade civil para participação efetiva deste projeto.

Há também outras possibilidades para a recuperação do centro da cidade, em específico o Minhocão, e uma das alternativas já apresentadas é o projeto de Desmonte (PF 098/2018) que autoriza, após a realização de estudos ambientais e de tráfego adequados, que o Minhocão seja desmontado e que seja realizado um projeto de revitalização das áreas no entorno, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população local sem causar prejuízos para o restante da cidade.

A sociedade deve estar organizada e é fundamental que haja um debate democrático entre todas as partes envolvidas antes que decisões deste porte sejam tomadas sem que haja um levantamento sobre como este projeto deve ser executado!

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