Símbolo da amizade Brasil-Japão está no Ibirapuera

Praticar esportes, ouvir música, fazer piquenique, passear – enfim, todas essas atividades são sinônimas de Parque Ibirapuera. Mas, em meio a tantas atividades, o Ibirapuera é, também, lugar de calma e reflexão.

Memorial do Imigrante Japonês, por @monovolume

Construído em conjunto com o governo do Japão e pela comunidade nipo-brasileira para presentear a cidade de São Paulo por seu IV Centenário, em 1954, o Pavilhão Japonês, é um quase escondido e agradável espaço às margens do lago do Ibirapuera.

Com inspiração no Palácio Katsura, de Kyoto, é composto por uma edificação principal, um salão nobre, uma sala de chá, algumas salas de exposição e um lago de carpas. Projetado pelo professor e arquiteto Sutemi Horiguchi (1895-1984), é perceptível a utilização de materiais japoneses, como pedras vulcânicas, madeiras e até mesmo lama de Kyoto, além de tradicionais técnicas arquitetônicas japonesas, como o estilo Shoin, adotado exclusivamente nas residências dos samurais e das classes mais abastadas.

Simbolizando a amizade entre japoneses e brasileiros, o jardim do Pavilhão, inspirado claramente no conceito japonês, reúne variada vegetação e símbolos, como o pinheiro japonês, plantado pelo Imperador e Imperatriz do Japão em 1957 e a escultura em pedra com um poema haicai, de autoria do poeta Nempuku Sato, especialista na técnica.

O Pavilhão também é um local de homenagem e reflexão aos antepassados. Já reparou que existe uma lápide próxima a uma árvore e ao Pavilhão Japonês? Esse local é um monumento chamado Memorial do Imigrante Japonês, uma homenagem à memória de todos os imigrantes japoneses que faleceram no Brasil, principalmente os pioneiros, que chegaram há muitos anos no país, explica Célia Oi, do Pavilhão. “Principalmente no dia 18 de junho, aniversário da imigração, a comunidade japonesa visita o Memorial para orar pelos imigrantes precursores, oferecendo flores e acendendo incenso. É comum também que autoridades japonesas visitem o Memorial, onde realizam o ritual de visita, reverenciando os antepassados”, diz Célia.

Com área de 1.584.000 m², cada cantinho do Parque Ibirapuera tem uma história. Qual é a sua?

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