SINGELA HOMENAGEM
AO PARQUE DO IBIRAPUERA
21/08/2014 – 60 ANOS
INUSITADA LEMBRANÇA
Quando cheguei em São Paulo,
Eu era um jovem calado,
Discreto, comportado,
Risonho, mas assustado,
Caipira um tanto acanhado,
Amedrontado pela falsa ideia
De ser engolido na Pauliceia,
Uma imensa cidade desvairada,
Sob a lei do tudo ou nada
Da ditadura militar instalada.
Com humildade e orgulho,
Fui morar em pensão na Av. Mercúrio.
Aos poucos, comecei a trabalhar,
Na Light, até me aposentar.
Casado, há tempos morando no Cambuci,
Meu lugar,Sampa, com certeza é aqui,
Próximo do Parque da Aclimação,
Porém, faço esta observação:
Aquele jovem encabulado,
Há muito tempo passado,
Longe desta nova era,
Frequentou o Parque do Ibirapuera.
Embora pouco assíduo,
Mais à noite do que de manhã,
Jamais deixou esquecido
O concorrido Tobogã.
Por isto, ó Parque do Ibirapuera,
Agora, como eu, sexagenário,
Com muito Amor de atento cidadão,
Deixo-te estes versos de saudação,
Reiterando o compromisso de fã,
Meu precioso e querido talismã.
PARABÉNS!
Poeta Alceu Sebastião Costa
Nascido em Boa Esperança do Sul-SP
em 21-11-1946;
Vivendo em Sampa-SP
desde 25-10-1965.