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Redução de custos no Ibirapuera para criar outros parques

por Redação

O Parque Ibirapuera pode custar menos e entregar mais. Todo ano dezenas de milhões de reais são destinados a manutenção direta e indireta do Parque Ibirapuera. Ícone de São Paulo, quanto deveria custar a manutenção desta importante área verde e cultural? Onde poderíamos economizar? De quais secretárias vem os recursos investido no parque? Há outras fontes de receita possíveis? Com uma planejada economia, seria possível financiarmos a criação de outros parques?

A sociedade civil e usuários querem ajudar São Paulo a ser mais eficiênte, mas por que é tão difícil colaborar? Ano após ano, nos mostra a experiência observando a gestão do parque, que a prefeitura parece fazer de tudo para não mostrar a origem e destino das verbas ao Conselho Gestor do Parque, formado por usuários, sociedade civil e funcionários da prefeitura com o claro propósito de cogerir o Ibirapuera. Corpo mole e promessas vazias dos dirigentes são comuns nas reuniões do conselho. Nada senão mais promessas são entregues pela Secretária do Verde. Ano após ano, pouco muda. Os conselheiros e conselho pedem, mas não tem acesso a relatórios anuais, como esta na lei, ou mesmo relatórios mensais de custos, como requisitam persistentemente. Por que acontece? Priorização inadequada, falta de governança, ou alguém quer esconder algo, como chegam a suspeitar alguns?

Investimento ou manutenção? Onde está o relatório de desempenho?

Você cidadão se sente a vontade em dar recursos ao parque, em eleger voluntários para olhar as contas, mas saber que seus representantes da sociedade civil e usuários no Conselho não recebem relatório simples e consistente como pedido na lei.

Nós do Ibira Conservação acreditamos que a população quer um setor público enxuto e pragmático. Acreditamos que muitos na prefeitura querem o mesmo. Porém, acreditamos também que muitas vezes o excesso de política ao invés do pragmatismo e priorização adequada dentro do setor público podem comprometer o melhor uso dos recursos públicos. Por fim, acreditamos que no caso do Ibirapuera, antes de qualquer coisa, o município deve entregar um bom relatório de gestão. A partir daí, trabalharemos com um histórico de resultados e um planejamento anual para bem avaliar os custo e benefícios de maneira sistemática.

No Parque Ibirapuera, como em outras áreas verdes urbanas, buscar por eficiência significa começar arrumando a casa, ou seja, fazer e entregar um relatório mensal consistente para seu conselho e população, um documento que aponte a origem e destino das verbas diretas e indiretas e inclua indicadores de qualidade, segurança e satisfação. Queremos o Ibirapuera sem medo de buscar a clareza de gestão que uma empresa tem, mesmo que tenha que avaliar outros estruturas de governança como fundação. Um Ibirapuera que custas dezenas de milhões anuais para manutenção dever ter as contas arrumadas como todos os parque organizados mundo a fora, com demonstrativo de resultados, com plano de caixa e balanço.

Em 2011-12, em reunião do conselho gestor, o modelo de fundação foi debatido e até hoje os conselheiros remanescentes aguardam o estudo que prometeu a administração. Somente com transparência, objetividade e comprometimento na secretaria do verde, os usuários, sociedade civil e assim o Conselho Gestor poderão ajudar de fato na otimização da gestão.

Nesta gestão municipal o Ibira Conservação já procurou inúmeras vezes os diretores da secretaria do verde, mas estes não retornam nossas ligações e quando conseguimos um encontro, a reunião foi cancelada em cima da hora. Será diferente em 2014? Esperamos que sim.

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