A marquise voltará a ser livre como idealizada? Para onde vai o MAM?
A próxima edição do Panorama da Arte Brasileira que abre 5 de outubro e fica até 15 de dezembro no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) busca uma sede nova para o museu. Pelo menos estes são os planos da curadora da mostra Lisette Lagnado, segundo a Folha de São Paulo (reportagem dez/12 e reportagem de jun/13). Confira também entrevista com a curadora Lisette Lagnado sobre o Panomara: Curadora Lisette Lagnado fala sobre o Panorama da Arte Brasileira
O esperado é que em um futuro não muito distante, o MAM deixará de usar o espaço improvisado da marquise para ocupar outras áreas do parque Ibirapuera ou voltar ao centro da cidade, próximo à sua primeira sede.
A sede do MAM, de fato, foi criada em um ambiente temporário, projetado para a exposição “Bahia”, idealizada por Lina Bo Bardi e Martin Gonçalves, em 1959, embaixo da marquise do Ibirapuera, e realizada durante a 5ª Bienal de São Paulo. O pavilhão acabou se tornando sede do MAM, em 1968, sob protestos de Oscar Niemeyer (1907-2012), pois descaracterizava seu projeto original para o parque. – Fábio Cipryano, Folha de SP
Vários escritórios de nome estão participando desta exposição. Segundo Lisete na Folha, “A exposição vai mostrar diversas facetas da relação entre arte e arquitetura. Estou contatando também artistas, e a participação deles vai depender do que propuserem“.
Maquete do projeto do escritório de arquitetura SPBR para o MAM-SP, um corredor suspenso de 3 km no Ibirapuera. Foto: divulgação
Segundo Cipryano, com tal formato, rompe-se novamente a estrutura do Panorama, como Adriano Pedrosa fez em 2009, ao criar uma exposição sem artistas brasileiros sobre arte brasileira, gerando intensa polêmica. “Eu precisava de uma questão, e a contradição do nome do museu, localizado num parque que é o cartão-postal da nossa modernidade, e um museu que não faz jus a esse nome, me pareceu um bom princípio“, sintetiza Lagnado.
Projeto do SUBdV, a nova sede do MAM seria um híbrido dos Museus de Arte Moderna de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador
Vide seleção dos participantes, segundo a Folha:
SELEÇÃO DE PARTICIPANTES
BRASIL
– Affonso E. Reidy (1909-1964)
– Andrade e Morettin
– Beto Shwafaty
– Clara Ianni
– Deyson Gilbert
– Fernanda Gomes / Pat Kilgore
– Francisco du Bocage (ativo entre 1892 e 1930)
– Grupo SP
– Lina Bo Bardi (Roma, 1914 – 1992)
– Marcel Gautherot (Paris, 1910-1996)
– Mauro Restiffe
– Michel Aertsens (belga)
– Montez Magno
– Oscar Niemeyer (1907-2012)
– Porfírio Valladares
– SPBR
– SUBdv (escritório internac.)
– Tacoa
– Usina
– Vitor Cesar
– Vivian Caccuri
– Yuri Firmeza / Amanda Melo de Mota
ALEMANHA
Bárbara Wagner / Benjamin de Búrca (brasileira e suíço radicados em Berlim)
COSTA RICA
Federico Herrero
ESPANHA
Daniel Steegmann Mangrané (vive no Brasil)
ESTADOS UNIDOS
Arto Lindsay (vive no Brasil)
FRANÇA
Dominique Gonzalez-Foerster
MÉXICO
Pablo León de la Barra (vive em Londres)
SUÉCIA
Per Hüttner (com Öyvind Fahlström, brasileiro, e Mira Schendel, suíça radicada no Brasil)
SUÍÇA
Philippe Rahm (vive na França)
URUGUAI
– Pablo Uribe
– Y Arquitetura