O melhor parque do mundo? Ainda não…

Foi um jornalista gringo destacar em seu blog no Jornal britânico, The Guardian, o Ibirapuera entres os seus preferidos que a mídia e muitos já começaram a vibram com a possibilidade do nosso parque ser o melhor parque do mundo. De fato é um ótimo parque e com enorme potencial, mas “o melhor do mundo” é exagero. O Ibirapuera tem muito o que evoluir no planejamento, governança e manutenção dos espaços verdes. Queremos ver a sociedade brasileira vibrar em ter aqui um bom modelo de gestão que potencialize tudo que esta encantadora área verde pode oferecer, mas que tal vibrar com um passo de cada vez?

Para manter a área verde do Ibirapuera, o município gasta mais de 5x os recursos por m2 do que na média dos outros parques urbanos de São Paulo. Entre no portal de licitação e faça a conta. Isto não inclui o que vai para as áreas culturais que possuem orçamento próprio ou para os quase 200 efetivos da guarda metropolitana que trabalham no parque. Ainda assim há muito o que fazer. Qual é solução? Como fazer mais com menos recurso municipal?

Tamanha é falta de recursos para a manutenção dos parques que neste ano a prefeitura começou a consumir receita do Fundo Especial de Meio Ambiente para pagar a operação de parques. Um Fundo que recebe recursos de infrações ambientais e criado para fomentar pesquisa ambiental e projetos de qualidade ambiental. Com algumas mudanças no seu regimento, agora o dinheiro esta indo para tapar buraco de contas operacionais. Como mudar isto?

O verde precisa de mais recursos e recursos bem usados, mas como conquistar isto sem prejudicar a Saúde ou Educação, ou mesmo sem nos cobrar mais porque já pagamos muito.

As áreas verdes precisam se reinventar, gerar receita! São Paulo não é exceção, todos no mundo querem mais parques e parques bem cuidados, mas para chegamos lá é preciso inovar. Note que o Ibirapuera praticamente não gera receita com alimentação, concessões de espaços, eventos, marketing, ou doações. Todos estes recursos somados não alcançam 5% do orçamento do parque.

Pesquisas como o estudo Rethinking Parks do Nesta foca em inovação e gestão de parques urbanos. Há muito que podemos aprender e aplicar. Iniciativas e o esforço como o que faz o Instituto Semeia para unidades de conservação são bons exemplos da necessidade das áreas verdes de se reinventar.

Queremos vibrar com um bom Ibirapuera, mas também com outra dezenas de excelentes parques e áreas verdes públicas de qualidade. Precisamos investir e engajar os frequentadores na gestão do parque e praça e que você frequenta. Criamos o Parque Ibirapuera Conservação, organização sem fins lucrativos, que sobrevive única e exclusivamente de doações, sem receber recursos públicos, para provar facilitar o caminho para você ajudar no parque.

O efeito positivo de uma associação sem fins lucrativos buscando receita para o parque

Junto com você usuário que frequenta e quer nos ajudar a melhorar o parque, trabalhamos para inovar com transparência. Se torne um amigo do parque e venha conosco. Confira a historia (video) abaixo do primeiro modelo de Conservação sem fins lucrativos para parques urbanos em Nova Iorque e que trabalhamos para replicar aqui e fazer um modelo que funcione bem na realidade brasileira:

É com seu engajamento que podemos estruturar com responsabilidade projetos que revelarão toda a potencialidade do Ibirapuera: revegetar e permeabilizar espaços verdes; colocar mais bancos com encostos para o conforto dos usuários; melhorar os banheiros, bebedouros e infraestrutura das construções; trazer verba de alimentação e eventos para a conservação do parque; restaurar espaços esportivos com responsabilidade; e muito mais.

#IbiraAmoeCuido

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