A um passo de uma árvore de verdade
Economia, eficiência e sustentabilidade. Poderíamos aproveitar este momento de crise para pensar em como fomentar um natal especial. Talvez vislumbrar para o próximo ano uma árvore de verdade, mais barata e bonita, como a árvore do Rockfeller Center em Nova Iorque que é um pinheiro de verdade e pago pelos comerciantes do entorno que lucram com movimento, geram impostos e consolidam o espaço como um centro comercial. Ou mesmo a do Trafalgar Square em Londres, também um elegante pinheiro de verdade iluminado doado anualmente pela prefeitura de Oslo.
Onde fica a Árvore do “Ibirapuera”
Por que seguir construindo a árvore onde não há comércio, onde o cidadão não consegue chegar perto? Segundo pesquisa veiculada pela SPTuris, a árvore é a atração de natal mais conhecida da cidade, porém quase metade não a quer onde ela fica atualmente. Não estaria na hora de mudar o local e conceito? Buscar um espaço com bancos, cadeiras e serviço, ou mesmo incentivando atividades que possam gerar recursos para consolidar um área de comércio e pagar pela árvore. Feirinha de natal com comida, lojas e entorno iluminados. Afinal, sabemos que a cidade não tem recursos para investir no Natal, mas ninguém quer ser eternamente refém de campanhas de marketing ou incentivos culturais, também dinheiro nosso.
Busquemos um local onde o entorno possa e queira participar. Para onde na cidade você acredita que a árvore 2016 poderia migrar? Vale do Anhangabaú?
A novela do tamanho
Sem ti-ti-ti. Claro que grande é geralmente melhor que pequena, afinal é uma árvore para a cidade. Mas, paremos para pensar. O tamanho desta ano esta ótimo! Tão bom que seja onde for colocada ano que vem, com este tamanho já pode ser substituída por uma árvore de verdade. Mais econômica e bonita. :-)
No Rio de Janeiro a árvore da lagoa cresceu tanto que caiu semana passada.
Histórico fotográfico das árvores
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
Se você chegou até aqui… tem um texto bônus. ;-)
Como manter o anseio da população por festejos natalinos, sem penalizar governança, educação e saúde? Certo é que não podemos ficar refém de grandes campanhas marqueteiras ou eventuais projetos milionários com incentivos fiscais (nosso dinheiro) para ter natal em São Paulo. O caminho é desenvolver o entorno de áreas específicas para que os comerciantes locais financiem por conta própria os festejos natalinos. Confira fotos de feiras natalinas em paises como a Australia, em Melbourne ou Brisbaine, onde o Natal é tão quente como o nosso. Árvores entre comércio e feiras na Europa.
Sim, acreditamos em São Paulo e que incentivar e promover feirinhas de natal organizada pelos próprios comerciantes é o caminho vencedor: comida, bebida, venda de objetos de decorações, souvenir, música de artistas de rua. Baixo custo e enorme impacto é igual a sustentabilidade.
Como está o projeto de revitalização do Anhangabaú? O local ainda precisa de ações de melhoria, mas como diz Roberto Carvalho de Magalhães (abaixo em comentários), incentivar a integração do comércio com a Sé, Teatro Municipal e até com as missas cantadas, canto gregoriano no Mosteiro de São Bento, aí sim teremos um interessante complexo natalício como forma de ajudar a revitalizar o centro.