Início » Arquivo com artigos resgatados » O futuro dos eventos no Parque Ibirapuera

O futuro dos eventos no Parque Ibirapuera

por Redação
Conselho Gestor protesta por falta de informação de qualidade e em tempo hábil para co-gerir o parque

Conselho Gestor protesta por falta de informação de qualidade e em tempo hábil para co-gerir o parque

Nesta quinta-feira, dia 3 de Outubro 2013, o Conselho Gestor do Parque Ibirapuera pegou para cristo o evento proposto pela Think/Rede Globo para o dia das crianças e que levaria 400mil ao parque. Vetou. Cansado de aprovar eventos sem um plano coeso e de longo prazo, o veto veio como um protesto da casa pela falta de planejamento nos eventos. Em especial aos de grande impacto.

Um parque como o Ibirapuera deve receber bons e seletos eventos em sua área verde. Uma seleção de qualidade que entretenha as pessoas, mas que não maltrate o espaço verde do parque. Esta seleção é dever da administração e geralmente tem o aval do Conselho. Mas, como mostrou a reunião ordinária de ontem, todo o aval tem limite.

A lei diz que os eventos no Ibirapuera devem passar pelo análise do Conselho Gestor que tem eleitos usuários, sociedade civil, funcionários e indicados da prefeitura. Um filtro de qualidade e legitimidade. Porém, o Conselho muitas vezes não é informado, ou quando é não tem um plano feito pela administração para balizar sua análise.

Acredito que representantes dos usuários e a da sociedade civil via Conselho Gestor devem trabalhar juntos à administração para um parque melhor, inclusive nas questões dos eventos. Isto é co-gestão. Na prática, falta ao conselho gestor receber da administração relatórios mensais simples, mas coesos, uma página basta, desde que tenha indicadores de segurança, eventos, satisfação do usuário, obras/projetos e custos. Senão, fica todo mundo discutindo com todo mundo e não fazemos gestão. Os novos diretores do verde são bons e pessoalmente acredito que os relatórios irão sair no próximo mês, mas hoje vi que a paciência do conselho para cogerir sem informação de qualidade está no limite. – Thobias Furtado, membro do Conselho Gestor

Uma dinâmica processual de eventos que não funciona é ruim para todo mundo. O esperado é a Secretária do Verde receber os pedidos de eventos, analisar e encaminhar sua recomendação para o Conselho Gestor de maneira organizada e periódica. Porém, o clima da reunião do conselho gestor mostrou que as informações chegam incompletas, desordenadas e sem tempo hábil para o Conselho analisar eventos de grandes impactos.

Será que a prefeitura respeitará o veto, ou seja, a lei e o Conselho Gestor?

A única informação que o Conselho tinha até a manhã da reunião sobre o polêmico evento era:

Sábado 12 de Outubro de 2013, das 9h00 às 17h30
Evento destinado a Comemoração do Dia das Crianças, contará com espaços esportivos, espaço para brincadeiras, brinquedos infláveis, tendas de apoio para as atividades e um palco com mestre de cerimônias animando essa grande festa. O show de encerramento será do Grupo Falamansa.
Responsável: Think Eventos – Realização Rede Globo.

Na hora da reunião, vem a surpresa. Os conselheiros não tinham informações O conselho que esperava discutir questões de saúde e atendimento médico, mas que mudou a pauta para falta de relatórios coesos de gestão se vê obrigado a votar o evento no começo na reunião por pressão de um representante da SVMA que conduzia as discussões. Ficou péssimo para todos.

Clique aqui para baixar a programação de eventos enviada 1h antes da reunião.

Qual é sua opinião?

O conselho fez bem em vetar? A prefeitura vai respeitar o conselho? Deveria mesmo ser vetado? Como exigir da administração que respeite a lei e o conselho gestor (com representantes da sociedade civil e usuários) e que entregue instrumentos como relatório de gestão e relatório de eventos periodicamente?

Talvez também lhe interesse ler

Deixe um Comentário