Um passeio no Parque Ibirapuera ritmado por um concerto para piano e orquestra de 1951/1952. Topa?
Auditório do Ibirapuera Oscar Niemeyer (fonte: Wikiwand).
Esta proposta de passeio com música pretende homenagear um músico e compositor brasileiro com uma trajetória brilhante. Trata-se do compositor Claudio Santoro.
O percurso de Claudio Santoro (1919-1989) começa na sua cidade natal, Manaus, onde, muito cedo, ele aprende a tocar violino e piano. Em 1937, com somente dezoito anos de idade, já se encontrava no Rio de Janeiro, ensinando violino no Instituto Nacional de Música; e, aos vinte cinco, integrava a Orquestra Sinfônica Brasileira.
Após estudar composição com o compositor alemão Hans-Joachim Koellreutter e experimentar o dodecafonismo, que se opunha à corrente nacionalista, Claudio Santoro continuou a sua formação na França. Quando voltou para o Brasil, em 1949, abandonou o dodecafonismo e adotou o estilo nacionalista, ou seja, que incorpora elementos rítmicos e melódicos nacionais, assim como já fazia Villa-Lobos e viriam a fazer outros compositores, como Camargo Guarnieri e Francisco Mignone, dando origem a uma linguagem original e brasileira no panorama da música erudita.
O compositor Claudio Santoro (foto sem data, autor desconhecido).
Mais tarde, em 1979, o compositor fundaria a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, que leva o seu nome, Claudio Santoro.
A composição que propomos para este passeio com música no Parque Ibirapuera no tempo da sua criação é o seu Concerto para piano e orquestra, escrito entre 1951 e 1952, na vibrante execução da pianista Alda Mattos, acompanhada pela Orquesta do 28º Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília regida por Ricardo Rocha. Bom passeio!
Ouça o concerto aqui.
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