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Exposições chegam ao fim no MAM

por Regiane Tosatti

Até o dia 11 de setembro, os aficionados por arte podem visitar três importantes exposições ainda em cartaz no MAM – Museu de Arte Moderna, localizado no Parque Ibirapuera, na cidade de São Paulo.

No Projeto Parede, o artista Walmor Corrêa apresenta a obra Metamorfoses e Heterogonia, feita especialmente para o corredor de acesso entre o saguão de entrada e a Grande Sala do museu. A mostra parte de um estudo de anotações sobre a fauna e flora brasileiras encontradas em cartas escritas pelo padre José de Anchieta (1534-1597), que identificavam espécies de pássaros inexistentes, cuja preciosa descrição refletia o pioneirismo da observação de Anchieta, que era um exímio pesquisador. Com diferentes técnicas e linguagens como desenhos, dioramas, animais empalhados e emulações de enciclopédias, cartazes e documentos, Corrêa recria histórias que vão dos mitos populares brasileiros (como Curupira e sereias) até os relatos dos primeiros naturalistas viajantes dos trópicos.

Retrato, paisagem e natureza-morta são os três gêneros presentes na mostra Guignard – a memória plástica do Brasil moderno, dedicada a Alberto da Veiga Guignard, um dos maiores artistas brasileiros do século XX, na Grande Sala. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte, a exposição visa a revelar, de forma didática para todos os públicos, quem foi o pintor e desenhista conhecido pelas pinturas de paisagens e mostrar o legado e a contribuição para a arte moderna brasileira.

Reconhecido por ser um artista completo por atuar em todos os gêneros da pintura (retrato, autorretrato, paisagem, natureza-morta, de gênero e temática religiosa) e, ainda, por tratar de dois ou mais gêneros na mesma tela, Guignard alcançou a fama por retratar paisagens mineiras, estado que viveu a partir da década de 1940.

Para aprofundar o conhecimento na produção de Guignard, em exposição na Grande Sala, e, ao mesmo tempo, expor obras do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o curador Felipe Chaimovich selecionou trabalhos de variados suportes da coleção do MAM para Paisagem Opaca. Exibida na Sala Paulo Figueiredo, a mostra conta com trabalhos que retratam paisagens em primeiro plano e com supressão da perspectiva para melhor relacionar com a produção do homenageado.

Dentre as mais de cinco mil obras da coleção do museu, o curador optou por 26 trabalhos – em variados suportes e de 24 artistas diferentes – que revelam a subjetividade de cada artista na construção da própria visão de mundo como, por exemplo, as telas de Tarsila do Amaral e José Pancetti, as fotografias de Geraldo de Barros e Araquém Alcântara, e uma pintura e uma litogravura de José Leonilson.

Serviços:

Projeto Parede – Metamorfoses e Heterogonia
Artista: Walmor Corrêa
Local: corredor de acesso entre o saguão de entrada e a Grande Sala
Visitação: até 11 de setembro
Entrada gratuita

Guignard – a memória plástica do Brasil moderno
Curadoria: Paulo Sergio Duarte
Local: Grande Sala
Visitação: até 11 de setembro
Entrada: R$ 6,00 – gratuita aos domingos

Paisagem Opaca
Curadoria: Felipe Chaimovich
Local: Sala Paulo Figueiredo
Visitação: até 11 de setembro
Entrada: R$ 6,00 – gratuita aos domingos

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3)
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Tel.: (11) 5085-1300
www.mam.org.br

Estacionamento no local (Zona Azul: R$5 por 2h)
Acesso para deficientes
Restaurante/café
Ar condicionado

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