Até o dia 21 de junho, o Museu de Arte Moderna (MAM), no Parque Ibirapuera, apresentará um resumo significativo da fase “clássica” da obra do artista italiano Piero Manzoni. A mostra abrange desde os primeiros Achromes até as suas últimas obras, passando por aquelas que hoje são consideradas exemplos do espírito radical das vanguardas europeias dos anos 50 e 60.
Manzoni foi provavelmente o mais importante artista da Itália e também da Europa, do pós-guerra, sendo considerado um pioneiro pesquisador de novos materiais sintéticos, utilizando-os em sua série de trabalhos monocromáticos.
Em sua breve trajetória artística de pouco mais de seis anos – Manzoni morreu em Milão em 1963 aos 29 anos -, produziu uma obra radical que ainda continua a surpreender e influenciar a arte e os artistas contemporâneos. Ele também procurou manter contatos e construir conexões com outros artistas e grupos, em especial, o Grupo ZERO, buscando rearticular as vanguardas europeias do final dos anos 50.
Fundou revista e galeria, e sua influente presença também agiu, na época, na Alemanha, Dinamarca, Holanda e França. O seu agudo conceitualismo irônico que se revela em um trabalho – hoje icônico – “Merda de Artista”, renovou uma tradição derivada de Duchamp e do Dadaísmo.
Manzoni, mais que qualquer outro artista, representou a jovem vitalidade em busca de novas direções para a arte numa Itália e Europa culturalmente traumatizadas pela guerra.
Mais informações: http://mam.org.br/